Porto Alegre concorre a moeda digital de empresa de Israel

Empresa multinacional planeja criar parceria público privada com mais duas cidades.

Uma empresa israelense, a Colu, está fazendo a seleção de duas cidades no mundo para terem uma moeda virtual. A seleção já está na última etapa restando apenas cinco cidades, sendo Porto Alegre uma delas, a única brasileira. Embora seja uma parceria público-privada, como as demais concorrentes, a futura moeda não se define como uma cripto, pois não é especulativa.

A Assessora Marcela Ávila da Secretaria de Relações Institucionais de Porto Alegre, é responsável pela participação do município na disputa pela moeda. Ela explica como a mesma funcionaria: “Você coloca seu dinheiro no aplicativo e a cada compra feita através dele, você ganha um percentual do valor em dinheiro virtual. Este valor pode ser utilizado em qualquer local que aceite pagamentos com o aplicativo”.

Conforme explicou a assessora, a moeda será porto alegrense com registro das empresas feito pela secretaria e apenas o aplicativo pertenceria a empresa parceira.

Segundo ela, se Porto Alegre for uma das escolhidas, inicialmente o projeto será implantado apenas o 4º Distrito. Depois há possibilidade de expansão para outras regiões da cidade. Marcela também esclarece que as empresas precisam se cadastrar na Prefeitura para poder aceitar as moedas do app.

Na sua opinião, as eventuais confusões com moedas especulativas se dão em parte porque elas operam a partir de blockchain (um registro contratual e virtual, feito sem intermédio de um órgão centralizador). No caso da nova moeda, o que está sendo proposto é uma moeda digital com o objetivo de estimular a economia local. A Colu já está ativa em Tel-Aviv (cidade sede), em Haifa (Israel) e em Londres e Liverpool (Inglaterra).

O que são moedas especulativas?

Moedas especulativa são aquelas moedas que funcionam como investimento, sendo por si só um mercado, estas agregam ou perdem valor de acordo com a sua procura no mercado, funcionando similarmente a bolsa de valores. A mais conhecida delas é Bitcoin. Muita vezes, o público mais leigo não sabe existem outras opções. Estas são chamadas de Altcoins.

Quando falamos em criptomoeda, a associação imediata é o Bitcoin, entretanto existem muitas opções para o produto mais conhecido no mercado.

Altcoin ou Alternative Coin, é o nome colocado de toda criptomoeda que não seja a Bitcoin. Essas moedas geralmente têm tecnologias diferentes e por vezes propostas diferentes da moeda Bit.

Segundo o doutor em Administração Fábio Junges, as principais opções à Bitcoin são: ETH, XRP, EOS, Litecoin, Dash e Monero. Fábio destaca as plataformas Monero e Litecoin e comenta as características de ambas. O aspecto principal da Monero é o fator anônimo. “Essa é moeda para o usuário que não quer ser identificado”, comenta. Se você não tem muito para investir, possivelmente a Litecoin seja opção mais viável, de acordo com Fabio Junges. “Sua proposta é ideal para transações de baixo valor, pois suas taxas são pequenas”, acrescenta Junges.

Ele também explica que algumas moedas são meros ativos especulativos, não tendo nenhuma serventia real. São usadas para obter ganhos a curto prazo. Há mesmo moedas que não surgiram para serem postas em transação de uso corrente.

“O Ethereum é um exemplo, ele nasceu para criação de smart contracts, em decorrência da plataforma houve uma valorização”, explica Fábio. Acrescenta que smart contracts são contratos firmados em plataformas digitais, sem necessidade de intermédio de autoridade central e implementados com linguagem de programação.

O pastor Fábio Menezes investe em diversas criptomoedas. Ele comenta sobre as particularidades da moeda Dash: “Sua tecnologia dispõe dos recursos InstandSend e PrivateSend. O primeiro tem objetivo agilizar e o outro de fazer movimentações de forma privada”. Com base na sua experiência, sugere cautela na hora de comprar uma altcoin. “É aconselhável sempre verificar se ela está inserida em um exchange de credibilidade antes de investir”, comenta.

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